Vou começar te contando o jeito errado de escolher um parceiro: você vai no TikTok e vê um monte de mulher fazendo aquela lista de manifestação:
“meu parceiro ideal tem que ser bem-sucedido, carinhoso, engraçado, ambicioso, presente, romântico…”
E aí você pensa: é isso que falta. Faz sua lista e fica lá, sonhando com esse príncipe encantado que vai aparecer. Quando ele surge (ou pelo menos parece), você comemora todas as qualidades que ele tem.
Seis meses depois, você está reclamando dos defeitos. Defeitos que ele sempre teve… mas que você escolheu ignorar no início.
Você está escolhendo amor… ou apostando em mudança?
A verdade? Você não escolheu aquele relacionamento. Você foi seduzida pela parte luminosa e fingiu que as sombras não existiam.
Se você quer um relacionamento que funcione de verdade, precisa parar de escolher pelas qualidades e começar a escolher pelos defeitos.
Porque não é a parte boa da pessoa que vai te desgastar. São os defeitos dela. E se você não calculou antes se consegue conviver com eles, a frustração é garantida.
Carência e ilusão: os dois sabotadores do início de qualquer relação
Tem dois motivos principais para você ignorar defeitos no começo:
- Carência — quando sua necessidade de conexão está gritando, você aceita qualquer coisa.
- Falta de autoconhecimento — você não conhece seus limites, acha que dá conta de qualquer coisa, mas não dá.
Você superestima sua capacidade de lidar com certas coisas, entra na relação achando que vai dar certo e se frustra.
Todo mundo tem um “defeito” difícil de lidar, inclusive você
Imagina que você compra um pacote de jujubas. Tem vermelha (sua favorita), verde, roxa… e a amarela que você detesta. Mas o pacote vem completo.
As pessoas são assim. Elas vêm com luz e sombra. Com jujubas vermelhas e amarelas.
A pergunta é: você consegue aceitar o pacote inteiro?
Porque amor verdadeiro é isso: olhar para o outro com todas as suas jujubas e dizer: “Eu te vejo por inteiro. E ainda assim, eu te escolho.”
O poder da lista honesta (não a lista do TikTok)
Antes de escolher, se pergunte:
- Quais são os defeitos dessa pessoa?
- Quais são as limitações dela?
- Eu consigo conviver com isso sem me desgastar demais?
Não se trata de aceitar qualquer coisa. Se trata de calcular o preço emocional antes de pagar a conta.
Se você olha para os defeitos e diz: “Consigo viver com isso” — maravilhoso. Se ela mudar, é lucro. Se não mudar, você já calculou.
Se não consegue conviver, você é livre para não escolher. Isso também é maturidade.
⚠️ Cuidado: você não é a terapeuta dele
Muitas mulheres entram em relações com o olhar de quem quer moldar. Tentam ser a terapeuta, a mentora, a mãe emocional.
Mas você sabe o quanto é difícil mudar a si mesma. Imagina depender da mudança do outro para ser feliz…
Mudança é uma escolha interna. Se você só consegue amar a pessoa que ele pode se tornar, você não ama quem ele é. E isso não é amor. É condicionamento.
Respira: ainda dá tempo de fazer as pazes com a realidade
E se você já está em um relacionamento e não fez essa conta antes?
Respira. Não é o fim do mundo.
Agora é hora de perguntar:
- Eu consigo aceitar essa pessoa exatamente como ela é?
- Consigo conviver com isso sem me atropelar emocionalmente?
Se sim, desiste de mudar. Trabalha em você. Fortalece seu centro. Se não, você também é livre para escolher sair.
Amar é escolher o pacote inteiro: com maturidade e coragem
Relacionamentos saudáveis começam quando você olha para a pessoa por inteiro e diz: “Eu te vejo. E ainda assim, te escolho.”
E sabe o que acontece quando o outro se sente amado por quem ele é, não por quem você gostaria que ele fosse?
Ele floresce. Ele relaxa. E é nesse espaço que o amor cresce.
💬 E você, já escolheu alguém acreditando que ele ia mudar? Ou já ignorou aquela “jujuba amarela” e depois se arrependeu?
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Bjs,
