Maternidade e culpa. Nasce um filho, e com ele a culpa. Será?
Uma das perguntas que mais recebo lá no meu Instagram é sobre como ser uma mãe melhor. Mas será que existe um jeito certo ou um jeito errado de ser mãe? E onde é fica a culpa nessa história?
A culpa de não estar fazendo o suficiente, de não estar perto o suficiente, de não ser suficiente..
Aliás, o que é “suficiente”? Por isso, neste texto, eu quero te convidar a ver a maternidade sob uma perspectiva diferente. Um ponto de vista mais pautado no amor, e menos na culpa.
Maternidade e culpa são sinônimos?
Eu tinha 24 anos quando engravidei. Eu não era casada e a gravidez não foi planejada. Foi um grande susto. Susto este que foi ainda maior quando eu descobri que estava grávida de gêmeos.
Então, quando os meus filhos nasceram, eu precisei olhar para dentro e descobrir uma Carol, que eu não sabia que existia. Uma Carol carregada de medos, anseios e de culpa.
A culpa que você sente, eu também senti. Culpa de estar longe, culpa de trabalhar, culpa das bagunças que eles faziam, culpa, culpa culpa…
E sabe o que é que me ajudou a me livrar dessa culpa? Observar. E esse é o convite que quero fazer para você.
Observe como você fala do seu filho. Você usa a performance dele para atestar o seu valor?
Observe que mãe você é quando suas amigas não estão em volta. Que mãe você é quando sua mãe e sua sogra não estão presentes.
Observe se você sente culpa porque sabe que está bagunçada e não tem transbordado para os seus filhos o seu melhor…
Ou se a culpa no fundo é medo do julgamento e necessidade de ser aplaudida, validada e admirada, como mãe.
Mas será que essa culpa que toda mãe sente não é, na verdade, medo do que os outros vão pensar?
Filhos são nosso legado. Contam muito sobre nós.
E quando nossa autoestima não é forte, a tendência é usá-los como “vitrines” para atestar o nosso próprio valor.
De onde vem a sua culpa?
A culpa quando você se cuida, vem de uma falta de permissão interna ou do que vão pensar por ver você se colocando em primeiro lugar?
A culpa quando você diz não, vem da vontade de dizer sim, ou da necessidade que você ainda tem de se explicar?
A maternidade não complica a vida.
Ela apenas deixa escancarado os medos que já existiam dentro de você, e que você teme em não enxergar.
Eu costumo dizer que a maternidade é uma escola. É a melhor escola para ensinar a gente a amar. Porque pode parecer contraintuitivo, mas amar é simples. Mas nem tudo o que é simples é fácil.
A maternidade te mostra, de forma bem escancarada, o que é que você transborda para o mundo. E te dá a oportunidade de revisar aquilo que você intencionalmente prefere transbordar.
Quando você decide ser o seu melhor para transbordar o melhor para os seus filhos, você precisa, antes de tudo, decidir se amar.
E só depois você consegue transbordar esse amor.
Mães livres criam filhos livres. Mães seguras criam filhos seguros. Logo, mães felizes criam filhos felizes.
Seu filho vai observar o que você faz, e não o que você diz.
Ou seja, sua postura é a melhor escola, para ele. E ele é a melhor escola para você.
Aproveite o presente que é a maternidade para se investigar, se lapidar e se atualizar.
Porque você não transborda o que quer. Você transborda quem você é.
Maternidade, trabalho e culpa
De um lado, você quer dar o seu melhor no trabalho.
Do outro, quer ser a melhor mãe para os seus filhos.
Mas, no final do dia… Aquele sentimento de culpa sempre aparece.
“Estou sendo uma péssima mãe e profissional, poderia estar fazendo muito mais…”
“Será que devo focar 100% nos meus filhos e abrir mão do trabalho?”
“Mas será que é errado eu ser mãe e querer ter uma carreira de sucesso?”
Então, a culpa se transforma em um ciclo. Quando você está no trabalho, pensa nos filhos. Quando está com os filhos, a preocupação com o trabalho te consome.
Mas, deixa eu te contar uma coisa, existe uma forma de conciliar maternidade e trabalho sem se sentir assombrada pela culpa.
E no meu novo episódio do “Colo Ou Cura?”, no YouTube, eu te mostro como fazer isso: