Por que você sempre atrai o mesmo tipo de pessoa? Descubra o padrão oculto das suas relações

Você já se pegou vivendo o mesmo filme, só que com pessoas diferentes?

Aquela sensação de déjà vu quando percebe que, apesar de ter jurado nunca mais passar por certa situação, lá está você de novo… em um relacionamento que te espreme, te diminui e te faz questionar seu valor?

Isso que você chama de “azar no amor” e “dedo podre” não é coincidência.

Quando eu vivia pulando de relação bagunçada em relação bagunçada, eu fazia o mesmo: culpava o outro, culpava o “azar”, culpava tudo, menos a parte que realmente importava – o que havia dentro de mim que permitia aquela situação.

A verdade é que existe um motivo muito específico para você atrair e ser atraída por esse tipo de relação. 

E não é porque você é “burra” ou “ingênua” – é porque existe uma ferida não cicatrizada dentro de você que precisa ser investigada.

 

O que te faz reviver o padrão nos relacionamentos?

O primeiro passo para entender esse padrão é reconhecer que você está nele. E os sinais são bem claros:

  • Seus relacionamentos podem mudar de rosto, mas os problemas são sempre os mesmos.
  • Você termina, sente alívio momentâneo, e logo depois tropeça nas mesmas questões.
  • As dinâmicas se repetem: você se anula, se atropela, tolera o intolerável.
  • Você continua se sentindo insuficiente, independente de quem está ao seu lado.
  • Mesmo jurando que “dessa vez vai ser diferente”, o roteiro se repete.

Esse é o momento em que a maioria das pessoas faz a pergunta errada: “por que sempre encontro pessoas assim?”

Quando a verdadeira pergunta deveria ser: “o que dentro de mim está criando esse padrão?”

Eu mesma demorei tempo demais para me fazer essa pergunta. Era mais fácil culpar os homens, o destino, até o signo. Qualquer coisa, menos olhar para dentro e assumir minha parte na criação daquele ciclo.

 

O que seu inconsciente tem a ver com seus relacionamentos?

Anota isso que eu vou te falar:

💡 Seu inconsciente não busca felicidade – ele busca o familiar. Mesmo que o familiar seja doloroso.

Pense comigo: seu cérebro foi programado desde a infância para reconhecer certos padrões como “normais”. 

Se você cresceu em um ambiente onde amor era escasso, condicionado ou inconsistente, você aprendeu que isso é “amor”.

É como se você tivesse lentes invisíveis que filtram sua percepção da realidade. Essas lentes são formadas por suas memórias e pelas verdades que você carrega.

Sabe aquela pessoa que te trata mal, mas você sente uma “química inexplicável”? Não é química. É familiaridade. Seu inconsciente reconhece ali um padrão conhecido e, por mais tóxico que seja, o conhecido sempre parece mais seguro que o desconhecido.

Por isso você pode racionalmente saber que merece mais, mas emocionalmente continua se satisfazendo com migalhas afetivas.

 

Como sua infância afeta seus relacionamentos atuais?

Se você normalizou dinâmicas onde:

  • Precisava “merecer” amor através de um comportamento perfeito.
  • Se anular era sinônimo de cuidar.
  • Críticas constantes eram “para o seu bem”.
  • Amor vinha com condições e instabilidade.
  • Seus limites não eram respeitados.

…seu cérebro foi treinado para reconhecer isso como “normal” em relacionamentos.

E aqui está a parte mais cruel: pessoas manipuladoras e tóxicas são especialistas em detectar essas vulnerabilidades.

Elas são como ímãs que encontram exatamente as feridas que você tenta esconder – e usam elas para se conectar com você.

 

A verdade sobre a lei da atração em relacionamentos

Você não atrai o que você quer. Você atrai quem você é.

Não estou dizendo que você é tóxica. Estou dizendo que você carrega feridas que ressoam com as feridas dos outros.

Quando você não está inteira, atrai pessoas que também não estão inteiras.

💡 Anota isso: gente saudável não gruda em gente tóxica.

Se você sempre atrai o mesmo tipo de pessoa problemática, olhe para dentro. Qual parte sua se conecta com essa dinâmica?

Por muitos anos, eu atraía homens emocionalmente indisponíveis. Reclamava, sofria, me questionava. Até perceber que EU também era emocionalmente indisponível. Eu projetava nos outros a intimidade que tinha medo de viver.

A maior necessidade do ser humano é conexão. Mas a maioria se conecta pela dor, não pelo amor.

 

Como a carência de afeto cria padrões tóxicos?

Quando você tem vazios internos não preenchidos, você inconscientemente busca alguém para tampar esses buracos.

É como se você projetasse todos os seus vazios internos naquela pessoa, esperando que ela te complete. Mas sabe o que acontece?

  1. Você se torna dependente emocional.
  2. Qualquer sinal de afastamento gera pânico.
  3. Você aceita migalhas como se fossem banquetes.
  4. Se submete e se atropela para não perder a pessoa.
  5. Depois sente raiva por ter se diminuído.

Eu conheço bem esse vazio. Ele já me controlou e por muitos anos me dominou.

Quando você ainda não experimentou a sensação de estar bem sozinha, você vai morrer de medo da sua própria companhia. E esse medo te faz aceitar qualquer companhia, mesmo as que te fazem mal.

A diferença entre solidão e solitude é crucial aqui:

Solidão é a dor de estar só. É aquele vazio desesperador que te faz aceitar qualquer pessoa.

Solitude é o prazer da própria companhia. É estar inteira e escolher compartilhar, não depender.

Quando você não desenvolveu solitude, sempre vai atrair pessoas que também buscam alguém para tapar seus buracos. E dois vazios juntos não formam um inteiro – formam um buraco ainda maior.

Aprenda a ser inteira sozinha e se amar por quem você é, na sua inteireza. Esse é o primeiro passo para atrair uma relação leve de verdade.

relacao-leve

 

Como parar de atrair pessoas tóxicas?

A transformação começa com uma decisão: parar de tentar controlar o comportamento e começar a curar a raiz.

Tentar se controlar é como ativar uma bomba e ficar rezando para ela não explodir. Pode funcionar por um tempo, mas na primeira distração, você age dentro do seu padrão automático de novo.

O que realmente funciona:

  1. Cure suas feridas primeiro
  • Investigue suas carências
  • Desenvolva a verdadeira autoestima.
  • Aprenda a diferença entre solidão e solitude.
  1. Questione suas crenças
  • “Essas verdades são mesmo minhas?”
  • “De onde veio essa crença?”
  • “Ela me ajuda ou me limita?”
  1. Mude sua frequência
  • Você atrai o que vibra.
  • Pessoas são espelhos do seu interior.
  • Quando você muda, suas atrações mudam.
  1. Estabeleça limites inegociáveis
  • Defina o que não aceita mais.
  • Comunique claramente.
  • Mantenha o limite, mesmo quando doer.

Pessoas inteligentes aproveitam o desconforto para crescer. Pessoas distraídas desperdiçam a dor repetindo os mesmos erros.

 

Por que você continua atraindo o mesmo tipo de pessoa mesmo tentando mudar?

Se você está lendo isso e pensando “eu já tentei tudo isso e continuo no mesmo ciclo”, provavelmente você está praticando autocontrole ao invés de buscar cura na raiz.

A diferença é crucial:

Autocontrole = reprimir comportamentos mantendo as mesmas feridas.
Cura na raiz = transformar a raiz para não precisar controlar nada.

Quando você apenas controla, está usando força de vontade para nadar contra a correnteza das suas crenças. É exaustivo e temporário.

Quando você cura, muda o curso do rio. Não precisa mais lutar.

Depois que você faz o trabalho interno, investigando suas feridas e começando a curá-las, a mudança vem de dentro para fora:

  • Você reconhece sinais de alerta que antes ignorava.
  • Seus limites se tornam claros e inegociáveis.
  • Sua vibração muda – você não ressoa mais com toxicidade.
  • Você se torna incapaz de tolerar o que antes parecia normal.

É como se você afinasse seu radar interno para detectar o que é saudável. O que antes se camuflava agora se torna óbvio.

Porque você não apenas reconhece os padrões mais rápido – você se torna incapaz de tolerá-los.

E isso sim é liberdade de verdade.

Quando a vida te apresenta os mesmos problemas com “roupas” diferentes, não é coincidência. É um convite para olhar para dentro.

Cada novo relacionamento pesado e tóxico é apenas um sintoma mais óbvio de algo que precisa ser curado dentro de você.

Se você continua tropeçando nas mesmas pedras, não culpe as pedras. Pergunte-se por que continua andando pelo mesmo caminho.

A boa notícia é que, quando você cura a raiz, os sintomas naturalmente desaparecem. Você não precisa de mais um relacionamento para ser feliz. Você precisa de autoconhecimento.

E quando você estiver inteira, naturalmente vai atrair pessoas que também estão inteiras.

Porque no final, o amor saudável não é sobre encontrar alguém para completar seus vazios. É sobre transbordar tanto amor por quem você é, que você compartilha o excesso.

transbordar

Bjs,

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