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Carol Rache

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A construção da autoestima se dá através do reconhecimento e da aceitação dos nossos defeitos.

Isso porque, ao reconhecermos que somos imperfeitos, deixamos de lado a pretensão de sermos percebidos como modelos exemplares de seres humanos, fazemos as pazes com aquilo que mais nos assombra: nossas partes feias.

Neste post, proponho uma reflexão super importante: como construir uma autoestima verdadeira? Para saber, é só continuar a leitura!

Mas, de onde vem a autoestima?

Muita gente pensa que autoestima surge apenas pelo reconhecimento das próprias competências e da própria luz. Crêem que, se exaltarmos nossas partes brilhantes, vamos finalmente aprender a construir amor próprio e senso de autovalorização. Eu discordo.

Enquanto não temos coragem de admitir – para nós mesmos e para o resto do mundo – que carregamos muitas sombras, corremos o risco de nos envergonhar sempre que uma das nossas imperfeições for descoberta.

Sem conhecer ou aceitar nossas fraquezas e vulnerabilidades, viveremos para sustentar uma máscara idealizada, e sentiremos que o nosso valor pessoal deixa de existir, toda vez que a máscara cair. Nos sentiremos literalmente desmascarados, quando alguma sombra escapar e nos colocar em posição vulnerável.

Viver tentando esconder nossos defeitos e, ao mesmo tempo, colocando holofote nas nossas qualidades, vai nos levar a ter uma autoestima flutuante, e dependente de terceiros.

Dessa forma, para quem busca desenvolver a própria autoestima, saiba: é um processo de autoconhecimento e, principalmente, autoaceitação.

Você sabe a diferença entre autoestima real e autoestima idealizada?

A vulnerabilidade é o caminho para uma autoestima real e não idealizada. É preciso acolher nossas imperfeições, e perceber que elas fazem parte da nossa condição humana.

Não adianta querer empurrar nossas sombras para debaixo do tapete. Isso só vai reforçar a nossa máscara, e deixá-la cada vez mais pesada.

Isto é, quando alguém nos elogiar, nos sentiremos realmente “fodas”. E, quando alguém nos criticar, vamos nos sentir tão mal que o senso de autoamor e autoadmiração vão desaparecer. Esse é o peso a ser carregado por quem carrega uma autoestima idealizada.

Pode ocorrer, também, da nossa autoimagem idealizada se sentir tão ameaçada diante de uma crítica, que ativaremos o modo “defesa” e justificaremos nossa imperfeição com uma lista de argumentos inúteis, quando, na verdade, seria muito menos trabalhoso simplesmente admitir que somos falhos.

Como desenvolver a autoestima real?

É possível desenvolver a autoestima real aprendendo a ser compassivo com as suas partes menos bonitas e mais frágeis. Veja, nas suas sombras, oportunidades de se transformar e crescer, e não atributos eternos. Toda sombra pode ser iluminada, desde que a gente aprenda a reconhecer, acolher e ressignificar.

Não há, em ninguém, um defeito que não possa ser transformado, e é por isso que nossas sombras não nos definem. Compreendendo isso, perdemos o medo de admitir aquilo de imperfeito que carregamos do lado dentro.

Quando finalmente reconhecemos nosso valor incondicional como seres humanos, as críticas deixam de nos desestabilizar. E, da mesma forma, os elogios também não nos envaidecem tanto. Porque crítica e elogio são duas faces de uma mesma moeda chamada “opinião alheia”.

Autoestima forte é aquela que não depende dos outros, que te faz se reconhecer e se aceitar APESAR das suas falhas.

É, sim, super importante termos consciência da nossa luz, e do que temos de bom dentro de nós. Mas sem temer as partes que ainda não foram iluminadas, e sem nos sentirmos pior pela existência delas.

Cuidado com a “máscara” de autoestima, prefira construir ela de dentro pra fora, de forma bem sólida, e simples:

Aprendendo a se sentir bem na sua própria pele, sem necessidade de provar-se para ninguém.

Qual é o seu maior desafio para desenvolver a autoestima real? Compartilhe nos comentários!